Artigo retirado do Jornal A Tarde 16/07/2013.
(Comentários entre parênteses por professor Robert James Reagan)
Método de ensino que usa brincadeiras e associações criativas tornam as aulas agradáveis e facilitam a memorização.
Estudo árduo e exposição rigorosa ao aprendizado já deixaram de ser consideradas por educadores como métodos eficazes de aprendizado. Não é a toa que muitos professores, especialmente de cursinhos pré-vestibular utilizam métodos de ensino que estimulam a memória , como as técnicas mnemônicas. Trata-se de mecanismos de ensino que consiste basicamente em estabelecer associações criativas entre as informações criativas dentre as informações a serem memorizadas, normalmente associam-se questões do cotidiano, musica, etc. Porém essas técnicas estão longe de ser novas, pelo contrário, já eram colocadas em prática pelos gregos e fenícios. Mas o que ocorre hoje, simplesmente, é a recuperação das técnicas para adaptá-las à realidade cultural e acadêmica.
De acordo com o professor de física do curso pré-vestibular Grandes Mestres, Ednaldo Ribeiro, mais conhecido como Naldo, todos os seus alunos se envolvem e prestam atenção em suas aulas por causa do espaço dinâmico que é criado, pois ocorre interação do aluno com professor por meio de jogos de humor, piadas, teatro entre os outros.
Repetição
“ As bricadeiras funcionam como facilitadores do ensino. Sabemos hoje que o ser humano aprende preferencialmente pela repetição: por isso o aluno não deve somente aprender e sim lembrar aquilo que aprendeu”. Explica.
Ele ainda afirma que as técnicas são mais eficientes nas matérias de exatas, pois possibilita maior numero de associações, por serem matérias objetivas, como a física, por exemplo que, segundo Naldo, é considerada uma matéria mais complexa e com grau maior de dificuldade.
Engana-se quem pensa que as técnicas mnemônicas são baseadas em decorar temas, que é a apreensão mental do assunto por meio de repetição de algo que não tem significado ou que não foi de fato compreendido, e, portanto há um rápido esquecimento. (Isto também acontece quando está estamos tentando aprender línguas estrangeiras sem a tradução!)
Conforme a psicopedagoga clinica e neuropsicóloga Simaia Sampaio, com a utilização das técnicas mnemônicas a informação é guardada sem esforço, pois o cérebro entende a nova informação como complemento, sendo que associa a uma informação que ele já tinha. (Por exemplo, quando traduz português para inglês e vice versa, associa-se a uma informação que já tínhamos, nesse caso o português. )
“Não há risco em utilizar esta técnica, mas ela deve estar associada à compreensão à compreensão do conteúdo e este deve ser significativo par aa vida do aluno. Para que o cérebro jogue a informação da memoria de curto prazo, feita com associações, para a de longo prazo é preciso que a informação tenha significado ”, (no caso de aprendizagem de línguas a informação tem significado através da tradução, que logo vira automática através da repetição) avisa a psicopedagoga.
Por isso que se fala tanto em métodos que estimulam a memória, a exemplo das palavras cruzadas e leitura dinâmica, que aumentam a capacidade do estudante de associação (entre as palavras da língua que já se fala e aquela que está querendo aprender) , além de melhorar o vocabulário.
É dessa forma que a estudante do curso pré-vestibular Grandes Mestres Thays Araújo Rocha, 20, aluna do professor Naldo, diz ativar sua memória, com leitura e atividades fora da sala de aula, entretanto, a estudante atribui sua melhora no aprendizado, e capacidade de absorção do assunto, às aulas realizada de forma descontraída, com brincadeiras.
“Estudar deixa de ser uma obrigação para se tornar prazer. Melhorei muito meu desenvolvimento depois das aulas de física, que considero uma matéria difícil, mas com esses métodos, o entendimento é muito mais rápido e melhor”, completa Thays. (Usando essa metodologia o entendimento é muito mais rápido e melhor em uma matéria difícil como física, imagine sendo usada para aprender um língua estrangeira, como o inglês que é muito mais fácil, os resultados seriam melhores ainda!)
O professor de língua portuguesa, redação e literatura do Instituto Social da Bahia, Gustavo Brívio, alerta que não há processo de aprendizado sem a compreensão do assunto. “ O essencial é entender primeiro e depois criar mecanismo que estimulem a memoria”. (É como na aprendizagem de línguas estrangeiras para entender bem e com precisão. E através do português criar mecanismos engraçados e divertidos para estimular a memoria).